Timor é o meu paraíso. Um lugar onde a paisagem se clarifica e as pessoas ganham contornos numa bruma feita de dignidade e singeleza, orgulho e delicadeza. Lá as montanhas não se deslocam nem as ribeiras mudam o seu curso; tão pouco as árvores perdem as suas raízes, mas uma suave transformação se opera em quem se deixa penetrar pela magia inebriante daquela ilha. Em 2001, quando regressei da minha primeira experiência timorense, diziam-me que eu vinha submersa numa comoção feita de exaltação e plenitude. À satisfação de assistir ao momento único da assumpção de um povo, juntava-se o encantamento pela terra e pelas gentes. Foi o mais próximo que estive do estado de graça.
Maragarida Mouta
Maragarida Mouta
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